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Cartaxo analisa sua administração na RFB

Em despedida, Cartaxo diz que foi “ao chão da fábrica” para pacificar Receita   MÁRIO SÉRGIO LIMA | Fonte: Folha de São Paulo DE BRASÍLIA O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, apresentou nesta quinta-feira um balanço de sua administração à frente do órgão. Ele afirmou que assumiu em um período turbulento, quando a antecessora Lina Vieira foi demitida, e teve de “ir ao chão da fábrica” para pacificar o Fisco e implementar mudanças de procedimentos. Cartaxo assumiu de forma interina em julho do ano passado e foi confirmado em agosto do mesmo ano. Contudo, sua permanência para o ano que vem foi inviabilizada após o escândalo do vazamento de dados sigilosos de líderes tucanos, que foram encontrados com integrantes da campanha de Dilma Rousseff, segundo informou a Folha. Quando chegou ao cargo, Cartaxo, que será substituído por Carlos Alberto Freitas Barreto, disse que encontrou a Receita questionada pelas quedas de arrecadação e com problemas na atuação da antecessora. Além de pacificar o órgão, Cartaxo afirmou que tinha como missões recuperar a arrecadação e modernizar a atuação do Fisco. “Tivemos ainda de enfrentar a esteira da crise econômica mundial. E tivemos ganhos de gestão. Não houve aumento de impostos, então nós tivemos de melhorar o controle e fechar as brechas. Foram medidas normativas e operacionais”, afirmou Cartaxo, para justificar as seguidas altas de arrecadação interrompidas no mês passado. Cartaxo evitou culpar os seus antecessores pelo que classificou como deficiências operacionais que podiam ser observadas em todas as áreas do Fisco. Ele ressaltou a importância de implementação de melhoras tecnológicas e disse que seus focos foram em avanços tanto no atendimento dos contribuintes como na fiscalização para evitar perdas de arrecadação.

Aumento da arrecadação em dezembro e mudanças à vista na Receita Federal

Receita prevê arrecadação de R$ 80 bi em dezembro O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, previu ainda que a arrecadação federal deve fechar o ano com um crescimento real entre 10% e 11% 15 de dezembro de 2010 Adriana Fernandes, Fabio Graner e Eduardo Rodrigues – Agencia Estado BRASÍLIA – O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, afirmou hoje que após o resultado abaixo do esperado em novembro, de R$ R$ 66,797 bilhões, a arrecadação federal em dezembro deve chegar a R$ 80 bilhões. O secretário, no entanto, disse não saber se esse resultado será suficiente para fechar as contas do governo, alcançando a meta de superávit primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). O superávit primário representa a economia do governo para pagamento dos juros da dívida pública. Segundo ele, o resultado de novembro foi “apenas um soluço”. O desempenho da arrecadação, disse Cartaxo, deve se recuperar a partir de dezembro. O secretário previu ainda que a arrecadação federal deve fechar o ano com um crescimento real (descontada a inflação) entre 10% e 11%. Até novembro, a arrecadação apresenta um crescimento real de 9,12%. Cartaxo falou na chegada à cerimônia de Registro do Balanço de Governo 2003-2010, que será realizada nesta manhã, no Palácio do Planalto. De saída Cartaxo, praticamente admitiu que está deixando o cargo no final do ano. Ao ser questionado sobre sua saída, o secretário respondeu bem-humorado: “O presidente Lula desce a rampa e eu, o elevador”. O mais cotado para assumir a presidência da Receita é o ex-secretário adjunto da Receita Federal e atual presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Carlos Alberto Barreto. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, segundo fontes, já teria conversado com Barreto para assumir o comando da Receita. Segundo assessores de Mantega, o atual secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa, vai assumir a secretaria executiva. O secretário de Acompanhamento Econômico, Antonio Henrique Silveira, vai permanecer no cargo. Para a vaga de Barbosa, o escolhido foi Márcio Holland, professor da Fundação Getúlio Vargas. Mantega deve anunciar na próxima semana a formação de toda a sua equipe.