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Importação de veículos supera exportação e saldo é o pior da série

TATIANA RESENDE

DE SÃO PAULO | Fonte Jornal Folha de São Paulo

O saldo comercial da indústria automotiva brasileira ficou mais uma vez negativo em 2010, com 158 mil veículos importados a mais do que os veículos exportados montados, de acordo com a Anfavea (associação das montadoras). O resultado foi o pior da série histórica iniciada em 1990.

No ano anterior, a primeira vez em que isso aconteceu no setor, o número era um pouco menor (121 mil). Já em 2008, havia ficado positivo, com 193 mil unidades vendidas a mais no exterior do que a quantidade trazida de outros países.

Os importados totalizaram 660.141 unidades em 2010, com expansão de 35% ante o ano anterior. Com isso, a participação nas vendas passou de 15,6% para 18,8% do total comercializado no país. Para este ano, a projeção é que esse nível suba ainda mais, para 22%.

Vale lembrar que a maior parte dos importados são trazidos pelas montadoras instaladas no país, principalmente da Argentina e do México –com os quais há acordos para isenção na alíquota de importação–, de acordo com a logística de produção.

Historicamente, segundo Cledorvino Belini, presidente da entidade, as importações de países com os quais não há acordo vem crescendo em um ritmo maior — casos da Coreia e da China.

No acumulado do ano até novembro, Argentina e México responderam por 63,7% dos automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões trazidos do exterior, patamar inferior ao registrado no mesmo período em 2009 (69,3%).

MEDIDAS

Sobre a medida anunciada mais cedo pelo governo para conter a valorização do real, o executivo avalia que “é uma medida saudável para todo o setor manufatureiro.”

A decisão força os bancos a comprar quase US$ 7 bilhões nos próximos três meses. Se não fizerem, terão de deixar parte dos dólares que trazem para o país depositada no BC, sem remuneração. A ação que deve trazer a cotação da moeda de volta para a casa de R$ 1,70.

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