Reino Unido impõe restrições à carga aérea da UPS
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Reino Unido impôs nesta sexta-feira restrições aos movimentos de carga aérea à companhia americana de entregas UPS (United Parcel Service) até que satisfaça os atuais critérios de segurança.
Indagado pela agência de notícias France Presse, um porta-voz do ministério informou que a medida não corresponde a nenhuma ameaça específica.
O anúncio das restrições acontece, no entanto, depois que as autoridades britânicas interceptaram, em 29 de outubro de 2010, um pacote-bomba procedente do Iêmen em um avião de carga da UPS que ia de Colônia (Alemanha) a Chicago (Estados Unidos) durante uma escala no aeroporto regional de East Midlands, no centro da Inglaterra.
Segundo indicou posteriormente a polícia britânica, o pacote-bomba estava programado para explodir sobre a costa leste dos Estados Unidos.
No mesmo dia, outro pacote-bomba foi encontrado em uma instalação da FedEx Corp em Dubai. A Qatar Airways confirmou que o pacote de Dubai foi transportado em um de seus voos de passageiros partindo da capital iemenita, Sanaa, com escala em Doha.
A Al Qaeda na Península Arábica, ramificação da Al Qaeda no Iêmen, reivindicou o envio dos pacotes. A tentativa de ataque provocou alerta mundial e vários países adotaram medidas mais restrititvas aos voos de carga e de passageiros procedentes do Iêmen.
Apesar do alerta, em março uma bomba falsa –com detonador, fios e temporizador– foi enviada à Turquia via Londres pela UPS.
“A segurança dos viajantes é primordial e nosso regime de segurança está constantemente sob estudo”, afirma o comunicado do ministério, acrescentando que restringiu o número de instalações no Reino Unido em que a UPS pode escanear sua carga aérea.
O porta-voz do ministério não quis nomear as instalações afetadas pelas restrições por razões de segurança.
A UPS afirmou nesta sexta-feira que as cargas oriundas do Reino Unido estavam sendo atrasadas, mas não deu mais detalhes.
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