Porto de Suape terá linha direta com Ásia
Tecon terá linha direta com Ásia Implantação do serviço vai fazer com que o tempo de importação saia de 55 dias para 41 dias Publicado em 06/08/2011, às 08h35 Angela Fernanda Belfort – JC O primeiro navio da linha de navegação que vem direto dos portos da Ásia para Suape vai atracar no porto pernambucano na próxima quarta-feira, dia 10. É o Cap Jackson, navio da Hamburg Süd-Aliança. “Suape está entrando numa briga internacional, porque grande parte desse transbordo (quando a carga é transferida de um navio maior para outras embarcações menores) era feita no Panamá”, afirmou o gerente regional Nordeste da Hamburg Süd-Aliança, Norbert Bergmann. Geralmente, as linhas que vêm da Ásia fazem o transbordo no Panamá, em Santos (em São Paulo) ou em Sepetiba (no Rio de Janeiro). Esse transbordo deve migrar para Suape, quando os produtos que saem da Ásia têm como destino o Norte, Nordeste e Vitória, do Espírito Santo, segundo Bergmann. “Essa rota poderá transportar muitos eletrônicos que vão para Manaus”, acrescentou. A implantação do serviço vai fazer com que o tempo de chegada das mercadorias vindas da Ásia seja menor. “Hoje, são 55 dias de viagem para uma importação que venha daquele continente faça o transbordo em Santos e chegue a Pernambuco. Quando o serviço estiver operando, esse prazo será de 41 dias”, argumentou. O vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, disse que a expectativa é de um aumento de 10% na movimentação de contêiner no porto com a nova linha. Este ano, a previsão é que cerca de 400 mil contêineres passem por Suape. O novo serviço terá 11 navios e, anualmente, vai trazer um impacto de mais de 50% na quantidade de escalas de embarcações realizadas na estatal. A implantação da linha também consolida uma parceria da Hamburg Süd-Aliança com outra gigante do setor, a Maersk, que sempre ofereceu mais serviços no Porto de Pecém, no Ceará, porque opera o terminal de contêineres daquele equipamento. O forte da nova linha de navegação será a importação de lugares como China, Hong Kong e África. “Esta linha pode se tornar um grande canal de exportação e Suape vai ganhar grandes clientes que exportam”, defendeu Bergmann. A empresa está acertando os detalhes para usar os contêineres da nova linha para exportar para o Japão cerca de 4 mil toneladas de pluma e linter (a fibra) de algodão, anualmente, que serão produzidos no oeste da Bahia. O produto vai sair de Ibotirama (na Bahia) pelas barcaças do São Francisco, depois será alfandegado no Porto de Petrolina, onde deve embarcar em caminhões com destino a Suape. “Com o tempo, vai vir mais algodão produzido no Sul do Piauí e do Maranhão”, comentou. Inicialmente, a linha usará navios de segunda geração, que podem transportar até 6 mil TEUs, unidade que equivale a quantidade de carga que pode ser transportada num contêiner de 20 pés. “Já compramos equipamentos que vão ser usados para operar os navios de terceira geração, que comportam até 9 mil TEUs”, argumentou o presidente do Terminal de Contêineres do Porto de Suape (Tecon-Suape), Sérgio Kano. Quando a linha se consolidar, as empresas colocarão navios maiores. O Tecon-Suape também usará, com a autorização do porto, o cais público – que é vizinho dos dois cais operados pela empresa – para fazer a movimentação da nova linha.
Matéria do “The Economist” sobre o desenvolvimento do Nordeste
Brazil’s north-east Catching up in a hurry The country’s poorest region is narrowing the gap with the prosperous south May 19th 2011 | PECÉM, PONTA DA MADEIRA, SALGUEIRO AND SUAPE IN 1983 Jornal do Brasil, a newspaper in Rio de Janeiro, sent a reporter to Brazil’s north-east to cover a drought. He found starving residents eating rats and lizards. Since then, the country has made strides. Yet the north-east remains Brazil’s poorest region: it has 28% of the country’s people but just 14% of its GDP. A fifth of the area’s adults are illiterate, twice the national rate. And it holds more than half the 16m Brazilians who live on less than 70 reais ($43) a month. For decades it has exported workers to the kitchens and construction sites of the rich cities in the south-east. Recently, however, the north-east has become Brazil’s star economic performer. In the past decade the region’s GDP rose by 4.2% a year, compared with 3.6% for the country as a whole. Last year Pernambuco state’s economy grew by a China-like 9.3%. Bolsa Família, Luiz Inácio Lula da Silva’s much-lauded anti-poverty scheme, has been important, says Marcelo Neri of the Fundação Getulio Vargas, a research institute. But other government policies have helped more. Three-quarters of the growth in incomes since 2003, when Lula became president, came from earnings, not handouts. In real terms the minimum wage has risen by around 60% over the same period, with the greatest benefits felt in the north-east. The institute reckons that Crediamigo, the state-owned Banco do Nordeste’s micro-credit programme, has lifted more than 1m north-easterners out of poverty. Related topics China Brazil The region’s new-found buying power is attracting firms. Earlier this month Kraft Foods opened its first factory in the area, making chocolate and powdered drinks. Sudene, a government regional-development agency, has helped to finance 52 malls in the north-east since 2006. And migrants from the north-east are coming back home to work. Pão de Açúcar, a supermarket chain, is expanding in the region, and offering north-eastern natives working in its other stores the chance to transfer. “Right now, the north-east is one big building site,” says Fernando Bezerra Coelho, the federal integration minister. The government is investing heavily in public works, including widening the Atlantic coastal highway. But the main source of growth is the port and industrial complex of Suape, which is being expanded to handle bigger ships. A petrochemical plant, the southern hemisphere’s biggest shipyard and a refinery owned by Petrobras, the state-controlled oil company, are under construction. Over 100 firms have moved in, lured by tax incentives and what should be excellent transport links. Fiat is spending 3 billion reais on a car factory nearby. By 2013, if all runs to plan, a new railway will link Suape to the north-eastern interior (see map). The federal government began building it in 1990, but it stalled for lack of money and only restarted in 2006. A second branch will travel north to the port of Pecém, which is also being expanded. There, the Ceará state government is setting up an institute to train 12,000 workers a year, and Petrobras is building another refinery. Paulo Roberto Costa, its downstream director, envisages trains taking soyabeans, corn and iron ore from the interior to the ports and returning with oil. Journey times to Europe and America will be three or four days less than from south-eastern ports. The 1,728-km line will one day carry 30m tonnes of cargo a year. Odebrecht, the Brazilian firm building the railway, recently flew your correspondent to Salgueiro, where its two coast-bound branches meet. The line’s 3m concrete sleepers are being cast there, and the ballast on which they will lie is quarried nearby. Paulo Falcão, the project director, is preoccupied with a novel problem for the north-east: a labour shortage. Even though word of the grand projects dotted around the north-east is attracting workers from all over the country, the demand is such that Odebrecht is training everyone from carpenters and bricklayers to truck drivers and forklift operators itself. Some have no previous construction experience. A fifth of the employees at Salgueiro are women. “China is now the Japan of the 1960s,” says Eduardo Bartolomeo, the director of logistics for Vale, a mining firm. In that era Japan’s appetite for metals funded Vale’s big investments in rail and sea transport. Today China’s hunger for iron ore pays for its infrastructure projects. By 2015 Ponta da Madeira, Vale’s private port, will be Brazil’s largest by tonnage, exporting 230m tonnes of iron ore a year. The railway from the Carajás mine in Pará state to the dockside is being upgraded to carry 330-car trains, each 3km long, at a cost of 4.5 billion reais. The benefits, says Mr Bartolomeo, will extend beyond mining. He points to the Norte-Sul railway as evidence. Since 2007, when Vale started to operate the line, soyabean production in the surrounding region has risen by 8.5% a year, and the price of land has more than doubled in places. The region’s rapid pace of development, combined with workers’ new-found muscle-flexing, has led to some industrial unrest. The strain is also evident in traffic jams and soaring housing prices. In Ceará Adail Fontenele, the state secretary of infrastructure, says that the municipalities around Pecém are preoccupied with finding homes for the city’s new workers. If decent lodging is not built fast enough, slums may spring up instead. The biggest risk is that the region fails to tackle its other longstanding weakness: poor education. “We have seen infrastructure booms in the north-east before, and they have helped us to catch up,” says Alexandre Rands of Datamétrica, a consultancy. “But the past 60 years have shown that infrastructure is not enough.” The big firms are training the workers they need. But the north-east spends less on schools than the national average, and has weaker teachers. If its next generation is to benefit fully from what today’s is building, the region’s schools must
Hyundai tem nova importadora exclusiva
Fonte: Diário de Pernambuco – Edição de quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011 Grupo fez investimento de R$ 40 milhões no mercado de importação e anunciou chegada de lote de equipamentos A gigante sul-coreana Hyundai Heavy Industries vai expandir a importação de máquinas pesadas no Brasil. Com recursos de R$ 40 milhões, a Veneza Máquinas, um dos braços empresariais do Grupo Veneza, entrou no mercado de importação tornando-se o segundo importador exclusivo da empresa asiática para atender a demanda nos setores da construção civil e serviços em sete estados nordestinos. Ontem, a Veneza Máquinas anunciou que o primeiro lote de pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas e empilhadeiras, composto por 80 máquinas com funções e dimensões variadas, desembarcou no Complexo Portuário de Suape e já está sendo comercializado com preços entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão. Em abril, mais 100 modelos chegam ao estado. Desde 2007, a empresa pernambucana representa a marca sul-coreana no mercado. Com a entrada na importação de máquinas pesadas, a Veneza acredita que o segmento da construção civil da região ganha fôlego, amparado pelo crescimento econômico nordestino e pela consolidação do Porto de Suape como rota de desembarque desse tipo de equipamento. O Grupo Veneza, inclusive, estima um crescimento de 40% este ano, contra os 30% alcançados em 2010. Segundo o diretor executivo do Grupo Veneza, Marcos Hacker Melo, as máquinas são adquiridas diretamente na fábrica da marca, na Coreia do Sul, sem intermediários. ´A nomeação consolida a expertise do Grupo Veneza no setor, unindo nosso know how com os atributos e confiança da marca Hyundai, reconhecida mundialmente. A localização estratégica de Pernambuco vai possibilitar a rápida reposição de máquinas e peças`, destacou. Parte dos modelos do primeiro lote está armazenada no pátio da Veneza Máquinas, na Imbiribeira, e, além de Pernambuco, será vendida para Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe através de lojas próprias e vendedores. O local também vai oferecer um centro de manutenção, assistência técnica e venda de autopeças, cujo estoque inicia as atividades com 40 mil itens no portfólio. A transação envolveu, ainda, a contratação de 30 funcionários (engenheiros e técnicos) e a compra de 40 novos veículos para o atendimento de campo. Neste semestre, a Veneza vai expandir sua atuação no interior do estado injetando R$ 1 milhão na unidade de Petrolina, cujo objetivo é atender as obras da transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina. Em 2010, a empresa vendeu 240 modelos de máquinas e prevê, com a importação direta, que as vendas sejam triplicadas.
Importação de máquinas de construção pelo Porto de Suape
Suape começa a importar máquinas para construção da Hyundai para o Nordeste Fonte: Blog do Jamildo (http://www.blogdejamildo.com.br/) A linha de automóveis ainda não se confirmou, mas a Hyndai que produz maquinários voltados para construção civil começa a operar no Porto de Suape a partir desta quarta-feira. Em agosto do ano passado, o governador Eduardo Campos e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, chegaram a receber o presidente da sul-coreana Hyundai Equipamentos de Construção, fabricante de maquinários como escavadeiras, retroescavadeiras, empilhadeiras e pás carregadeiras. “Temos a oportunidade de concentrar as importações do Nordeste pelo Porto de Suape e atender a Hyundai para iniciar a fabricação de equipamentos no Brasil”, destacou Bezerra Coelho, ainda no ano passado, antes de virar ministro. A operação será intermediada pela Veneza Máquinas – representantes da Hyundai no Estado -, na pessoa dos diretores Eduardo Kano e Marcos Melo Filho. O Brasil já figurava como a terceira opção dos empreendedores, depois de Rússia e Indonésia, mas, com o momento por que passa, com o crescimento do consumo, a empresa antecipou os investimentos em território nacional. Atualmente, o País representa algo em torno de 5% do consumo mundial, ou seja, cerca de dois mil equipamentos dos quais 500 só no Nordeste.